Amílcar Bruno Robalo Furtado nasceu a 20 de janeiro de 1975 na Guiné Bissau.
É Professor na Escola Superior de Educação de Coimbra, na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e na Escola Secundária Avelar Brotero. Figura de referência da comunidade surda, é também intérprete surdo e poeta. Participou como orador em conferências em torno da Língua Gestual Portuguesa, nomeadamente no âmbito da poesia. É autor da versão em LGP dos livros A Princesa da Terra, do Céu e do Mar e O Bebé Perfeito, porém, participou como narrador em outras obras. Faz parte de vários projectos internacionais, em parceria com a Associação Portuguesa de Surdos e na ESEC. Destaca-se o seu papel como membro da Equipa do Projeto Develloping Deaf Interpreters in Europe, como investigador e intérprete surdo. Recentemente participa em outros Projetos Internacionais , como o LIBRAS e LGP Além Mar, uma co-parceria da ESEC com a Universidade Federal do Amapá e um recente Erasmus+ em torno da literacia emergente em crianças surdas. Resumo do Tema: A Família Para um desenvolvimento das crianças e dos jovens surdos é essencial a plena comunicação na família, a sua consciencialização, a capacitação, a sensibilização e o apoio a diferentes níveis, tais como o educacional e o social. Na diversidade familiar existem famílias ouvintes com filhos surdos, surdas com filhos surdos, e surdas com filhos ouvintes, cada uma delas com particularidades específicas e que exigem respostas diferenciadas. A Direção da AFAS – Associação de Famílias e Amigos dos Surdos A AFAS – Associação de Famílias e Amigos dos Surdos é uma associação de e para famílias e amigos dos surdos. Desde a sua fundação, em 1997, defendemos e promovemos ambientes familiares, educacionais e sociais bilingues, valorizando a aquisição atempada e com qualidade da Língua Gestual Portuguesa e do Português para um efetivo e pleno desenvolvimento das crianças e dos jovens surdos, e reconhecendo a diversidade linguístico-cultural. A AFAS tem como preocupação acompanhar as famílias ouvintes com filhos surdos, as surdas com filhos surdos, e as surdas com filhos ouvintes, promovendo a imersão atempada e adequada em sistemas linguísticos bilingues que proporcionem o seu desenvolvimento global. Consideramos importante a plena comunicação entre a criança surda e a família, e entre a família, a educação e a saúde e outras áreas de intervenção de modo proporcionar, o mais cedo possível, a inclusão social e a participação efetiva ao longo da vida. A AFAS promove encontros e partilha entre pares, pais com diferentes experiências; formação, sensibilização e capacitação das famílias e dos técnicos; e articulação e parcerias com diferentes instituições. Sofia Figueiredo é membro da direção da AFAS desde 2014 e Marta Sales desde 2017. Resumo do Tema: A Família Para um desenvolvimento das crianças e dos jovens surdos é essencial a plena comunicação na família, a sua consciencialização, a capacitação, a sensibilização e o apoio a diferentes níveis, tais como o educacional e o social. Na diversidade familiar existem famílias ouvintes com filhos surdos, surdas com filhos surdos, e surdas com filhos ouvintes, cada uma delas com particularidades específicas e que exigem respostas diferenciadas. A Direção da AFAS – Associação de Famílias e Amigos dos Surdos A AFAS – Associação de Famílias e Amigos dos Surdos é uma associação de e para famílias e amigos dos surdos. Desde a sua fundação, em 1997, defendemos e promovemos ambientes familiares, educacionais e sociais bilingues, valorizando a aquisição atempada e com qualidade da Língua Gestual Portuguesa e do Português para um efetivo e pleno desenvolvimento das crianças e dos jovens surdos, e reconhecendo a diversidade linguístico-cultural. A AFAS tem como preocupação acompanhar as famílias ouvintes com filhos surdos, as surdas com filhos surdos, e as surdas com filhos ouvintes, promovendo a imersão atempada e adequada em sistemas linguísticos bilingues que proporcionem o seu desenvolvimento global. Consideramos importante a plena comunicação entre a criança surda e a família, e entre a família, a educação e a saúde e outras áreas de intervenção de modo proporcionar, o mais cedo possível, a inclusão social e a participação efetiva ao longo da vida. A AFAS promove encontros e partilha entre pares, pais com diferentes experiências; formação, sensibilização e capacitação das famílias e dos técnicos; e articulação e parcerias com diferentes instituições. Sofia Figueiredo é membro da direção da AFAS desde 2014 e Marta Sales desde 2017. ([email protected]) Ana Mineiro é Agregada em Cognição e Linguagem pela Universidade Católica Portuguesa, Doutora em Linguística pela Universidade de Lisboa e pós-doutorada (3 anos de especialização como bolseira) em Neurolinguística e em Linguística aplicada às Línguas Gestuais pela Universidade Católica Portuguesa. É Professora Associada com Agregação de carreira da Universidade Católica onde é investigadora principal (IR) em vários projetos científicos e de desenvolvimento financiados em concursos competitivos. É professora convidada na Nova Medical School. Foi bolseira de doutoramento e de pós-doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e foi aluna da Sorbonne e da Universidade Pompeu Fabra (Barcelona). Já foi galardoada com dois prémios científicos. Atualmente reúne cerca de uma centena de publicações científicas (nacionais e estrangeiras nas mais prestigiadas revistas indexadas e com fator de impacto como o Sign Language and Linguistics e o Sign Language Studies e editoras na área tais como a Oxford University Press, a John Benjamin´s Publishers, a Elsevier e a Springer). Interessa-se por evolução da linguagem na espécie humana, tem publicado na área da aquisição da linguagem por crianças surdas e tem estudado o bilinguismo bimodal, assim como é uma das peritas mundiais em emergência das línguas gestuais com o projeto humanitário da Língua Gestual de São Tomé e Príncipe. Dirige a linha de Investigação em Língua Gestual e Surdez no CIIS e o Language and Sign Language Research Lab. Coordenou a Licenciatura em Língua Gestual Portuguesa e atualmente coordena o Mestrado em Língua Gestual Portuguesa e Educação de Surdos assim como formações avançadas na área da Surdez e da Língua Gestual Portuguesa. Orientou dezenas de Mestrados, Doutoramentos e Pós-doutoramentos, participando enquanto especialista em várias comissões de avaliação nacionais e internacionais tanto a nível científico (e.g. comissões editoriais, painel de avaliação de bolsas da FCT) como a nível do ensino superior e secundário. Tem feito parte do júri de dezenas de teses de doutoramento e provas de qualificação tanto em Portugal como no estrangeiro, onde tem também sido professora visitante. É docente no ensino superior há mais de 30 anos. Ana Mineiro é casada, mãe de quatro filhos, poliglota, bilingue do par de línguas português-francês. Gosta de atividades ao ar livre e de praticar jogging tal como é apaixonada por literatura, pelos impressionistas e pela música (sobretudo) clássica. Helena Carmo é Licenciada em Língua Gestual Portuguesa e Mestre em Língua Gestual e Educação de Surdos pela Universidade Católica Portuguesa, sendo doutoranda no programa de Doutoramento em Cognição e Linguagem (Linha de Investigação em Línguas Gestuais) da mesma instituição. Ganhou no concurso da Fundação para a Ciência e a Tecnologia em 2017, uma Bolsa de Doutoramento durante quatro anos. É membro do Language and Sign Language Research Lab (Laboratório de Investigação em Linguagem e Línguas Gestuais) que pertence ao Centro Interdisciplinar de Investigação em Saúde, um centro de investigação credenciado pela FCT. Iniciou a sua carreira profissional em 1990 como docente de LGP na Associação Portuguesa de Surdos, em diversas matérias no Curso de Formação de Formadores de LGP dirigido a jovens/adultos. A partir de Março de 2000 até ao ano 2006 desempenhou funções como Coordenadora da Unidade de Língua Gestual Portuguesa da APS. Nos anos que se seguiram desempenhou um vasto leque de papéis relacionado à Comunidade Surda, como oradora em várias conferências e também integrada na Task Force do Departamento de Educação Básica do Ministério de Educação para a elaboração de um plano de ação nacional para implementação, coordenação e regulação das políticas educativas para a Educação dos Surdos sendo co-autora do programa curricular de LGP – Educação Pré-escolar e ensino básico do Ministério de Educação. Tem colaborado na qualidade de especialista de LGP para a produção de materiais de multimédia destinados a alunos surdos. É autora de artigos científicos nacionais e internacionais recentes em linguística da LGP e tem lecionado palestras e unidades curriculares no ensino superior, nomeadamente na Universidade Católica Portuguesa, na Nova Medical School e na ESE de Setúbal a par com a Escola Artística António Arroio. Isabel Sofia Calvário Correia nasceu a 2-5-1975 no Fundão. É Professora Adjunta de Nomeação Definitiva na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Coimbra e directora da Licenciatura em Língua Gestual Portuguesa da mesma instituição. É Pós-doutorada em Morfologia Contrastiva (português/língua gestual portuguesa) pela Universidade de Coimbra e Doutora com bolsa FCT em Literaturas e Culturas Românicas pela Universidade do Porto. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas, variante de português/inglês pela Universidade de Coimbra. Escreveu vários artigos no âmbito da Linguística da Língua Gestual Portuguesa, bem como capítulos de livros. Integra um projeto de investigação, como coordenadora da equipa portuguesa, sobre LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e LGP a convite da Universidade Federal do Estado do Amapá. É membro do Projeto Eramus + “Developing Deaf Interpreters in Europe” e membro de um projeto em torno da literacia para crianças surdas. Isabel Correia coordena a equipa portuguesa neste projecto. Proferiu várias palestras na comunidade surda nacional e internacional sobre linguística das línguas gestuais. É autora de livros infantis bilingues (português e LGP).
Joana Conde e Sousa é licenciada em Tradução e Interpretação em Língua Gestual Portuguesa e mestre em Língua Gestual Portuguesa e Educação de Surdos, pelo Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa. Em 2016 obtive o Título de Especialista em Literatura e Língua Materna. Desempenha funções de docente na Licenciatura de Língua Gestual Portuguesa, na Escola Superior de Educação de Coimbra. Licenciado em Tradução e Interpretação em Língua Gestual Portuguesa pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal, com especialização em Língua Gestual e Educação de Surdos pelo Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa, e especializado em Comunicação Acessível pelo Instituto Politécnico de Leiria. Desempenho funções de Interprete de Língua Gestual Portuguesa pelo Ministério da Educação, em Escolas de Referencia para a Educação Bilingue do Aluno Surdo desde 2005. No Instituto Politécnico de Leiria, desde 2007, tenho vindo a prestar apoio a alunos surdos em várias modalidades: interpretação à distância em sistema de videoconferência; interpretação de aulas e de tutorias. Como Interprete de LGP, participa também em vários projectos de acessibilidade em espaços públicos (museus, teatros, conferências e eventos de celebração religiosa) bem como em eventos inéditos em que o acesso à comunicação por parte das pessoas surdas é total. Ana Raquel Lima é licenciada em Língua Gestual Portuguesa- ramo de interpretação pela Escola Superior de Educação de Coimbra, mestre em Intervenção Social, Inovação e Empreendedorismo pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Raquel Lima é Intérprete de Língua Gestual Portuguesa na Escola Básica e Integrada de Arrifes e na RTP-Açores. Atualmente é Presidente da direção da ANAPI-LG. José Luís nasceu no ano de 1986, em São Pedro do Sul (distrito de Viseu), mas vive atualmente em Ponta Delgada (Açores). Concluiu a Licenciatura em Língua Gestual Portuguesa na Escola Superior de Educação de Coimbra. Trabalha na Escola Básica Integrada de Arrifes (EREBAS) e é docente de Língua Gestual Portuguesa desde o ano de 2011 até agora. Participou no 5th International Deaf Youth Camp (WFDYS), que se realizou no ano de 2011, em Durban (África do Sul). Atualmente, é presidente da Direção da Associação de Surdos da Ilha de São Miguel (2016-2020). Nasci no seio de uma família surda com 11 gerações. O objetivo do meu trabalho está relacionado com os surdos nas escolas, nas associações, no trabalho voluntário e no emprego. Trabalho voluntariamente nas diferentes associações de surdos há 24 anos. Também participo em conferências e em associações relacionadas com os surdos, nos diversos países do mundo, que tenham conhecimento de culturas diversificadas. O meu interesse está também em temas ligados aos surdos no que compete às áreas da saúde, linguagem, língua e comunicação. Nunca fui discriminado ao longo da minha vida, apenas me refiro às falhas de comunicação. Sou uma pessoa corajosa e forte para interagir e relacionar com os ouvintes na sociedade que me rodeia ao nível da comunicação. Não tenho problemas na sociedade, pois sinto-me ao nível de igualdade com os ouvintes. Sou uma pessoa normal que ama apoiar e ajudar os surdos. Sinto que os surdos são a minha família. Gosto do modelo de ensino das escolas de referência em Portugal para os alunos surdos. Tenho tido ideias e muitos projetos ligados à área dos surdos, devido ao facto de ter muita experiência neste ramo. O tema tem como pontos principais a juventude (incluindo a infância) e o movimento associativo e abordará diversos aspetos na Comunidade Surda que precisam de ser limados. Por um lado, temos as barreiras e obstáculos que enfrentamos todos os dias (as quais não temos culpa), enquanto Pessoas Surdas, mas por outro lado, temos um ativismo demasiado fraco a ponto de não vermos as mudanças que gostaríamos de ver (já por nossa própria culpa). O sentido individualista, na Comunidade Surda Portuguesa, está muito além do sentido comunitário - pensamos em nós próprios antes dos outros, a ponto de qualquer coisa, por mais trivial que seja, parecer mais apelativa que a participação nas Associações ou noutros eventos criados por surdos para surdos. Enquanto isso, a juventude e a infância estão intimamente ligados à educação que damos aos Surdos - está na nossa responsabilidade levá-los para um caminho que lhes permita alcançar todo o seu potencial e descobrir o limite máximo das suas próprias capacidades, não podendo mais as barreiras sociais serem fator impeditivo. Depois, para concluir, falar-se-á do que é que se pode fazer enquanto Criança Surda, Jovem Surdo, Pais Surdos e, principalmente, Pessoa Surda. Pedro Mourão é um Jovem Surdo de 26 anos, atualmente Presidente da Comissão Nacional de Juventude Surda, Vice-Presidente da Liga Portuguesa de Desporto para Surdos e Chefe de Missão Surdolímpica - Samsun 2017. Também é estudante na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. |